Esse livro deve ser LEITURA OBRIGATÓRIA antes de ler 1984! – eu explico em outro post
Depois de ler A Revolução dos Bichos, eu nunca mais irei olhar para um grupo de animais do mesmo jeito. Sempre haverá aquela pulga atrás do orelha: “O que será que eles estão tramando?” Então eu ouvirei um sussurro na minha orelha: “Naaaada”. Darei um tapão na minha própria orelha e matarei a pulga intrometida.
Uma história criada em 1945 e que se mantem atual, o que significa que as pessoas não mudam, por mais que achem o contrário. Tudo se mantem igual, mas diferente!
Outro aprendizado: Gatos são inúteis desde 1945!
Se tem algo que George Orwell nos ensina é: Não confie em porcos.
“Ah, mas não podemos generalizar.” Você pode dizer!
Eu lhe digo: Posso sim!
As primeiras páginas me surpreenderam muito. Eu não conseguia tirar da minha cabeça: “Que viagem desse cara!” O cara em questão é o George Orwell.
O grande momento, onde a estória realmente me pegou pela mão e estabeleceu que daquele ponto em diante ela assumiria o controle dos meus pensamentos, foi quando os animais falaram com os humanos e esses responderam. Todo o papo sendo feito cara-a-cara, sem nenhum tipo de app pra intermediar. Achei sensacional, tudo isso é bem, mas bem anterior a Roger Rabit!
Como eu já sabia desde o início do livro, George escreveu como uma crítica ao socialismo e afins, mas foi impossível eu ler e não criar referências atuais com as situações politicas do mundo de hoje!
Se Little George O. não tivesse morrido, com certeza seria o redator chefe ou quisá o criador de The Simpsons. – digo isso por causa dele prever o futuro!
Cada vez que as ovelhas eram mencionadas eu pensava Black Blocks Brancos de Pulover. As atitudes das mesmas é muito parecida com as atuais ovelhas de hoje só que menos violentas.
Era bem comum no meio da leitura e ter que voltar algumas linhas ou parágrafos pois eu tinha me perdido em minhas comparações.
Uma frase que pode ficar para esse livro é: o crime compensa. Sim, eu acho um crime o que os porcos fazem, mas no final se dão bem! O porco mais legal talvez tenha virado chester, ninguém sabe.
Tá ai uma das grandes referências do livro. Muitos personagens simplesmente somem. Eu nunca mais li nada sobre eles e nem os animais ouviram falar.
Os personagens que somem são na maioria os que entendiam o grande terror que a vida deles estava começando a se tornar, e também aqueles que além de entender se manifestavam contra.
Um livro cheio de batalhas improváveis, coisas impossíveis acontecendo num espectro real. Exemplo: Porcos manuseando instrumentos como armas. Todo mundo sabe que o porco não tem o polegar opositor, o que faz o manuseio de qualquer coisa impossível. ( Aprendi isso como o documentário Ilha das Flores )
Achei bem engraçado os próprios animais quererem que os roedores tivesse aulas de bons-modos. Ratos são insuportáveis, mas os coelhos também entram nessa leva!
O ritmo que a estória entra é fascinante. Arrisco a dizer que a cada página uma confusão está acontecendo, e isso me deixava ansioso porque é o tipo de estória onde o mocinho sempre perde e eu não queria que fosse verdade. Mas meu lado roteirista estava adorando a audácia de Little George!
Quando o Boxer morreu eu fiquei puto. Pô, George, podia ter poupado pelo menos o Boxer, mas não! Autor implacável, assim como a vida!
O livro também relembra aqueles ensinamentos que a vida nos dá com o passar do tempo e que a gente pode esquecer! Alguns deles abaixo:
- Quando você assumir a liderança ( controle ) de um grupo junto com outra pessoa, e vocês descordarem sempre. Grande chance de um dos 2 ter que morrer. ( o porco Napoleão sumiu com o Snowball)
- Analfabetismo funcional funciona como forma de controle até no mundo animal. ( Os animais sabiam ler, mas não entendiam o que liam )
- A inteligência supera a força para assumir o controle, mas para manter-se no controle é inteligente ter força!
- Não deixe ninguém ver sua planta ( maquete, plano ) de um moinho até que esteja pronto! ( o porco fdp Napoleão, matou o Snowball, que tinha visualizado e criado o moinho)
- Não existe igualdade quando se obedece a um comando. O comando já te trata como desigual! ( Os porcos começaram dizendo que eram parte do grupo. Que eram iguais. Mas não!)
- Contadores de histórias são manipuladores e persuasivos! ( o porco Squealer)
TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS.
MAS ALGUNS ANIMAIS SÃO MAIS IGUAIS QUE OS OUTROS.
( Dá pra escrever uma tese sobre essa frase.)
As gerações novas quando ouvem histórias contadas por uma geração analfabeta já nascem burras e sem memórias!
O humano carrasco era o senhor Jones. Um velho bebum que no final a gente descobre que era bom!
Abaixo tem um filme feito em 1999!
Algo interessante aconteceu, eu terminei de ler a Revolução dos Bichos e logo em seguida comecei 1984!
Ainda não terminei 1984, mas todas as ideias contidas na Revolução dos Bichos estão em 1984, mas com uma abordagem mais humana, o que não quer dizer que seja uma coisa boa!
Um dia escrevo sobre o que eu achei de similar nos dois livros.
É isso!
Beijo pra quem é de beijos.
Abraço pra quem é de abraço.
Beijo e abraço pra quem é guloso.
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Pierre