– Tô com fome.
Se tem uma coisa que acho um saco é comer.
Mas todos os dias tenho que comer.
Todos os dias tenho fome.
As vezes mais, às vezes menos.
Não existe cálculo pra fome.
Indo do ponto A até o ponto B João gastou 30 minutos, quanto de fome ele tem?
Se na escola ensinassem isso eu saberia dizer quanto de fome tenho.
Há modos de exemplificar.
Tô com fome. ( Quer dizer que quero comer mas pode ser daqui a pouco )
Tô com muita fome. ( Quer dizer que quero comer agora )
Porra, puta que pariu, filho da puta que fome do caralho. ( Pronto, passou da hora de comer )
Se tem comida pronta, legal. Mais legal ainda se eu não tiver que limpar a louça depois.
Comer na “rua” é melhor.
Mas acredite, tem lugares que a cozinha é pior que a da minha casa. Desses antros de
depravação higiênica eu passo longe.
Na padaria aqui embaixo eu já acostumei com a comida que já não tem mais graça para
meu estômago. Mas mesmo assim eu como porque eu quero parar de sentir fome e não
fazer meu estômago rir.
É isso. come agora. come daqui a pouco. come mais tarde. se
não comer sente fome. Puta ciclo vicioso.
Se eu tentar comer tudo de uma única vez para me encher a pança pelo o dia todo, passo mau.
Nesse caso tenho que comer alguma coisa porque comi muita coisa. Ah comer.
Tem gente que sente prazer ao comer. Mas é prazer mesmo. Vejo na padaria pessoas
que comem uma coxinha e fazem uma cara que me deixa com tesão pela coxinha. Mas
quando como a coxinha eu broxo. Não tem nada demais.
Mas a vida é assim. Pra viver tem que comer.
É um trabalhão comer mas cagar é de boa.
Eu sinto mais prazer quando coloco a comida pra fora do que quando coloco pra dentro.
Vai entender essa mãe natureza, ou biologia, ou Deus ou seja lá quem inventou
o corpo humano. Se Deus fez o ser humano o estagiário criou esse esquema de cagar ser
bom.
Marquei de encontrar a Denise pra jantar as duas da manhã numa padaria. Não a
padaria aqui debaixo. Só trago mulheres na padaria aqui debaixo quando já a comi.
Fomos em uma padaria um pouco afastada mas com comidas melhores que a daqui debaixo.
Eu pedi um prato de arroz, feijão, bife, batata frita e ovo. Ela pediu arroz a grega, bife de
fígado, salada de brócolis e ervilhas. Passei o jantar inteiro pensando no prazer que ela
ira sentir quando cagasse. Tem comida que a gente come que tem tanta presa de sair que
faz a gente cagar rápido.
Entre o prazer sexual do porco quando goza e o prazer do pato quando caga acho que o pato
tem uma vida mais prazerosa.
Naquela noite a Denise não quis deixar eu comer ela. Chata pra cacete. Queria me conhecer
melhor. Tem coisa que quando a gente fica velho tem que abrir mão, como o tal do conhecer melhor.
Sabe o nome, e sabe que não tem doença…pronto já basta.
Nos despedimos com um beijo de língua bem nojento. Eu fiz ficar nojento, muita saliva. hahahaha
hahah Voltei pra casa caminhando. Parei na padaria pra beber alguma coisa mas antes que
eu pudesse beber o primeiro gole…. ploft… a comida da outra padaria deu sinal que estava
vindo pra porteira do prazer. Fui pra casa rapidinho com um sorriso disfarçado no canto
do lábio pro porteiro não desconfiar.
Se eu não vou ter prazer com a Denise essa noite tenho a privada.
E pra aumentar o prazer eu apertei cinco andares para o elevador parar antes de chegar no
vigésimo terceiro. Quanto mais se retém a sensação de prazer maior ela é na hora.
E foi assim…caguei.