Pierre Rosa

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS de George Orwell

Tempo de leitura: 7 minutos

Esse livro deve ser LEITURA OBRIGATÓRIA antes de ler 1984! – eu explico em outro post


Depois de ler A Revolução dos Bichos, eu nunca mais irei olhar para um grupo de animais do mesmo jeito. Sempre haverá aquela pulga atrás do orelha: “O que será que eles estão tramando?” Então eu ouvirei um sussurro na minha orelha: “Naaaada”. Darei um tapão na minha própria orelha e matarei a pulga intrometida. 

Uma história criada em 1945 e que se mantem atual, o que significa que as pessoas não mudam, por mais que achem o contrário. Tudo se mantem igual, mas diferente! 

Outro aprendizado: Gatos são inúteis desde 1945! 

Se tem algo que George Orwell nos ensina é: Não confie em porcos.
“Ah, mas não podemos generalizar.” Você pode dizer!
Eu lhe digo: Posso sim!

As primeiras páginas me surpreenderam muito. Eu não conseguia tirar da minha cabeça: “Que viagem desse cara!” O cara em questão é o George Orwell. 

O grande momento, onde a estória realmente me pegou pela mão e estabeleceu que daquele ponto em diante ela assumiria o controle dos meus pensamentos, foi quando os animais falaram com os humanos e esses responderam. Todo o papo sendo feito cara-a-cara, sem nenhum tipo de app pra intermediar.  Achei sensacional, tudo isso é bem, mas bem anterior a Roger Rabit!

Como eu já sabia desde o início do livro, George escreveu como uma crítica ao socialismo e afins, mas foi impossível eu ler e não criar referências atuais com as situações politicas do mundo de hoje! 

Se Little George O. não tivesse morrido, com certeza seria o redator chefe ou quisá o criador de The Simpsons. – digo isso por causa dele prever o futuro!

Cada vez que as ovelhas eram mencionadas eu pensava Black Blocks Brancos de Pulover. As atitudes das mesmas é muito parecida com as atuais ovelhas de hoje só que menos violentas.

Era bem comum no meio da leitura e ter que voltar algumas linhas ou parágrafos pois eu tinha me perdido em minhas comparações.

Uma frase que pode ficar para esse livro é: o crime compensa. Sim, eu acho um crime o que os porcos fazem, mas no final se dão bem! O porco mais legal talvez tenha virado chester, ninguém sabe. 

Tá ai uma das grandes referências do livro. Muitos personagens simplesmente somem. Eu nunca mais li nada sobre eles e nem os animais ouviram falar. 

Os personagens que somem são na maioria os que entendiam o grande terror que a vida deles estava começando a se tornar, e também aqueles que além de entender se manifestavam contra.

Um livro cheio de batalhas improváveis, coisas impossíveis acontecendo num espectro real. Exemplo: Porcos manuseando instrumentos como armas. Todo mundo sabe que o porco não tem o polegar opositor, o que faz o manuseio de qualquer coisa impossível. ( Aprendi isso como o documentário Ilha das Flores

Achei bem engraçado os próprios animais quererem que os roedores tivesse aulas de bons-modos. Ratos são insuportáveis, mas os coelhos também entram nessa leva! 

O ritmo que a estória entra é fascinante. Arrisco a dizer que a cada página uma confusão está acontecendo, e isso me deixava ansioso porque é o tipo de estória onde o mocinho sempre perde e eu não queria que fosse verdade. Mas meu lado roteirista estava adorando a audácia de Little George! 

Quando o Boxer morreu eu fiquei puto. Pô, George, podia ter poupado pelo menos o Boxer, mas não! Autor implacável, assim como a vida!

O livro também relembra aqueles ensinamentos que a vida nos dá com o passar do tempo e que a gente pode esquecer! Alguns deles abaixo:

  • Quando você assumir a liderança ( controle ) de um grupo junto com outra pessoa, e vocês descordarem sempre.  Grande chance de um dos 2 ter que morrer.  ( o porco Napoleão sumiu com o Snowball) 
  • Analfabetismo funcional funciona como forma de controle até no mundo animal.  ( Os animais sabiam ler, mas não entendiam o que liam )
  • A inteligência supera a força para assumir o controle, mas para manter-se no controle é inteligente ter força!  
  • Não deixe ninguém ver sua planta ( maquete, plano ) de um moinho até que esteja pronto! ( o porco fdp Napoleão, matou o Snowball, que tinha visualizado e criado o moinho) 
  • Não existe igualdade quando se obedece a um comando. O comando já te trata como desigual!  ( Os porcos começaram dizendo que eram parte do grupo. Que eram iguais. Mas não!) 
  • Contadores de histórias são manipuladores e persuasivos! ( o porco Squealer) 

TODOS OS ANIMAIS SÃO IGUAIS.
MAS ALGUNS ANIMAIS SÃO MAIS IGUAIS QUE OS OUTROS.
( Dá pra escrever uma tese sobre essa frase.)  

As gerações novas quando ouvem histórias contadas por uma geração analfabeta já nascem burras e sem memórias!

O humano carrasco era o senhor Jones. Um velho bebum que no final a gente descobre que era bom!

Abaixo tem um filme feito em 1999!

Algo interessante aconteceu, eu terminei de ler a Revolução dos Bichos e logo em seguida comecei 1984!

Ainda não terminei 1984, mas todas as ideias contidas na Revolução dos Bichos estão em 1984, mas com uma abordagem mais humana, o que não quer dizer que seja uma coisa boa!

Um dia escrevo sobre o que eu achei de similar nos dois livros.

É isso!

Beijo pra quem é de beijos.
Abraço pra quem é de abraço.
Beijo e abraço pra quem é guloso.
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Pierre

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS de George Orwell

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